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segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

Opinião Sobre o Filme: As Sufragistas


Título: Suffragette
Ano 2015
Elenco: Carey Mulligan, Helena Bonham Carter, Meryl Streep, Romola Garai
Trilha Sonora: Alexandre Desplat
Direção: Sarah Gavron

Enredo:
No início do século XX, após décadas de manifestações pacíficas, as mulheres ainda não possuem o direito de voto no Reino Unido. Um grupo militante decide coordenar atos de insubordinação, quebrando vidraças e explodindo caixas de correio, para chamar a atenção dos políticos locais à causa. Maud Watts (Carey Mulligan), sem formação política, descobre o movimento e passa a cooperar com as novas feministas. Ela enfrenta grande pressão da polícia e dos familiares para voltar ao lar e se sujeitar à opressão masculina, mas decide que o combate pela igualdade de direitos merece alguns sacrifícios. Fonte: Adorocinema


O filme se passa na época em que as primeiras mulheres começaram a lutar pelos seus direitos, na Inglaterra, principalmente o direito ao voto. Em pequenas organizações e reuniões e fazendo seus protestos, elas começam a ter destaque na imprensa chamando a atenção do mundo.
É até chocante você acompanhar a trajetória das protagonistas, o quanto sofreram, as decisões e escolhas que foram obrigadas a tomar para sobreviver.
Esse filme retrata o grito de seres humanos, que cansaram de ser excluídas, humilhadas, abusadas, exploradas e que foram destituídas por esta sociedade patriarcal de serem cidadãs, de ter a dignidade de serem respeitadas como pessoas.
Durante a exibição fiquei na expectativa de algo maior acontecer, mas não acontece. Mas o filme não é ruim, ao contrário ele é muito bom, bem dirigido e bem interpretado. Sendo um filme muito real e importante para a história do feminismo.
Como mulher, sinceramente, não entendo esse “medo” do homem pelo feminismo, só queremos direitos iguais, nem mais, nem menos, igualitários.
O machismo que é frequente em todo o filme é muito opressivo e sufocante, e foi bem colocado e lembrando a época e o comportamento dos homens. Notamos também, que muitas vezes por medo e cegas pela ignorância, muitas mulheres agiram com machismo, ignorando, criticando o apelo das sufragistas.

As atuações estão impecáveis, embora eu acredito que mais falas e aparições da Meryl “Diva” Streep, teriam valorizado muito mais o filme.
A trilha sonora é bem-composta por Alexandre Desplat, nos momentos certos emocionando o telespectador, em outros fazendo-nos vibrar com pequenas vitórias das personagens.
O destaque maior fica para Maud Walts (Carrie Mulligan), seu personagem que de início não quer se envolver, por suas razões pessoais, mas com plena consciência do abuso que sofre diariamente e cansada de tudo. Certas coisas acontecem com ela e algumas situações complicadas, vemos Maud crescer na trama e abraçar a causa de todo coração sofrendo consequências devastadoras.
Uma cena que emociona demais, é desta mesma personagem com Maggie em que num momento de desespero e puro altruísmo, ela age de uma maneira amorosa e cativante que me deu uma esperança de que no fim do túnel tem uma luz.

Enfim, filme recomendado, mas assista sem muitas expectativas, porque é um filme que retrata uma parte de nossa história que custa acreditar que realmente aconteceu, pela falta de sensibilidade e humanidade do gênero masculino. Assista ao filme e reflita, que ainda falta uma longa jornada para nós mulheres.

Never Give Up!!”
Never Surrender!!!”
Assista ao Trailer:

quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

Resenha: Antes da Tempestade, Dinah Jefferies

Sinopse: "Para conhecer o amor verdadeiro é preciso ser arrasado por ele.” Rajputana, Índia, 1930. Desde a morte de seu marido, a jovem inglesa Eliza tem como única companhia sua câmera. Determinada a se firmar como fotógrafa profissional, ela acaba de aceitar um convite do governo britânico para se hospedar durante um ano no castelo da família real local. Sua missão: fotografar, para o acervo da Coroa inglesa, a vida no Estado principesco de Juraipore. Ao conhecer Jayant, irmão mais novo do marajá, Eliza embarca na aventura mais transformadora de sua vida. Acompanhada pelo príncipe rebelde e misterioso, ela conhecerá uma terra marcada por contrastes — com paisagens de beleza incomparável, cultura rica e vibrante e, ao mesmo tempo, a mais devastadora das misérias. Enquanto Eliza desperta Jayant para a pobreza que circunda o castelo, ele mostra a ela as injustiças do domínio britânico na Índia. Juntos, descobrem uma afinidade de alma e uma paixão arrebatadora. Mas a família real fará de tudo — até o impensável — para impedir a aproximação entre o nobre indiano e a viúva inglesa. Fonte: Skoob

É o segundo livro da autora que leio, e nada mudou na sua escrita, de início é um ritmo lento, mas depois a trama te envolve. É claro que a autora faz um trabalho de pesquisa até histórico para dar veracidade a sua estória. Neste livro(como no anterior) ela explora a Índia da década de 30 e a colonização da Inglaterra sobre a ela. Neste contexto ela traz uma personagem que quer ser independente e viver do seu trabalho, Eliza, que viúva tenta viver de sua fotografia.
As descrições das paisagens e sobre as fotos da protagonista são bem lindas e faz o leitor imaginar cada detalhe e nuance, diria que até sensorial.

Eliza é uma personagem que deveria ser interessante, porém seu desenvolver (ou não desenvolver) é um pouco decepcionante. Com muitos problemas, traumas familiares e amorosos, eu esperava mais do amadurecimento desta. Porém não vemos o crescimento da protagonista, tornando-a mimada e muito rancorosa, é certo que algumas decisões dela tinha que ser do jeito que foi, mas muitas outras deixaram a desejar visto que é uma mulher com seus quase 30 anos. Eliza nunca conseguiu superar a perda do pai, e fica inconformada e irredutível quando algumas verdades sobre seu “Pai Perfeito” vem a tona. Outra decepção foi o não desenvolver e trabalhar da relação de Eliza com sua mãe.
O Príncipe indiano, Jay, tem seus méritos, personagem envolvente, misterioso e encanta o leitor com sua visão real e sobrenatural da sua Índia. O relacionamento dele com Eliza é bom de acompanhar e seu romance bem crível, porque eles tem química e destinos interligados.
A mãe do marajá é uma personagem feminina muito interessante que tem seu destaque na trama, assim como Indira, personagem independente e muito dona de si, num país que queimam viúvas e que já se é uma desgraça em nascer mulher.
Ana Fraser, mãe de Eliza, é uma personagem bem complexa e que sofre com injustiças do passado e falta de opção, acredito que seu relacionamento com sua filha deveria ser melhor explorado.

Alguns costumes e tradições da Índia daquela época causam revolta e reflexões, em que autora soube colocá-las muito bem durante a estória. Temos também muita politicagem e conspirações, principalmente da dominação Inglesa sobre os indianos que em alguns capítulos tira o folego na leitura.
O livro não consegue ter uma boa finalização, com uma solução mágica de última hora, algumas questões em aberto e personagens mal explorados. A autora usa a mesma fórmula do livro anterior e isso fica repetitivo demais.
Eu recomendo a leitura se você gostar muito de romance romântico e quer conhecer mais sobre a Índia, mas está de longe ser um favorito. Apesar da escrita da autora ser muito boa.

Quote:
Estrangeira numa terra estranha, esperava que a viagem pudesse ajudá-la a encontrar um rumo, mas só estava se afundando cada vez mais.” Pág.: 101

quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

Momento Romance de Banca #33: Casey, Lori Foster

Sinopse: Dessa vez, Casey Hudson, filho de Sawyer e tão bonito e envolvente quanto o pai, está em um romance de tirar o fôlego. Quando jovem apaixonou-se por Emma Clark, uma adolescente problemática e com má reputação na cidade. Ela, no entanto, não foi capaz de corresponder aos sentimentos dele e preferiu mudar-se de Buckhorn. Oito anos depois, com o retorno dela à cidade Casey decide que deve lutar por seus sentimentos e conquistar Emma para sempre. Fonte: Skoob
 
 Voltando a sua cidade Natal por um problema familiar, Emma se depara com fantasmas do passado que podem botá-la pra correr da cidade que fora seu lar. Apesar de tudo isso Casey está mais que disposto a fazê-la ficar e entender o motivo de sua partida a anos atrás.
A trama é muito bem construída e desenvolvida, a protagonista sofre um drama familiar bem difícil quando adolescente, mas consegue superar e construir seu próprio caminho, porém fazendo algumas escolhas que acabam deixando coisas importantes pra trás, como sua amizade e paixão por Casey. Emma amadurece dolorosamente, e fica mais forte, independente e consegue se defender, não deixando ser atingida por ninguém mais, e isso inclui quem mais a magoou.
O mocinho da estória é bem o príncipe encantado, porém achei ele muito realista, porque embora ter tido uma ótima criação ele enfrenta sozinho seus dilemas com a mãe que o abandonou e sofre bastante pela partida brusca de Emma.

O interessante desta estória é que a autora deixa seus personagens resolverem seus traumas e dramas individualmente e quando isso acontecem, eles podem conviverem juntos e aos poucos se curando, principalmente pela paixão adormecida que com o tempo vai florescendo o amor.
Os personagens secundários são bem importante para o livro, tendo participações que até roubam as cenas dos principais, cada um tem sua importância e diferencial na estória.
A autora também nos faz refletir sobre o machismo, criando uma personagem feminina bem independente e de bem com sua sexualidade, e ainda existem momentos na trama em que ela põe mesmo o machismo na discussão como forma de protesto e reflexão.

Um romance de banca com personagens apaixonantes, mocinha “Girl Power” e um romance bem construído e amadurecido, dando credibilidade a estória.

Obs.: O livro é quinto volume de uma série: Os Irmãos de Buckhorn #5, porém a ordem da leitura pode ser aleatória, pois os livros são independentes, podendo começar por qualquer um.

Quote:
- Ninguém nunca falou dos rapazes que iam para cama comigo. Mas uma mulher…” Pág.: 149

quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

Opinião: O Livro dos Ressignificados, João Doederlein (@akapoeta)

Sendo bem leiga em poesia, me arrisquei nesta leitura sem nenhuma expectativa. Realmente peguei o livro só para folhear, porque seu projeto gráfico é muito bonito. E tal foi minha surpresa ao ser pega por uma avalanche emocional que não consegui parar de ler.
O livro tem muito de particular do autor, mostrando além do dicionário uma forma bem subjetiva de cada palavra.

Dividido em Jardim, Zodíaco, Coração, Mente, Cidade e a História de nós dois o leitor consegue se identificar com a subjetividade em cada palavra, de um jeito único e muito particular de cada um.
A cada parte em que é dividido, as palavras fazem e não fazem sentido, levando a reflexões e questionamentos que vão além da metafísica, transportando leitor do físico ao espiritual.

Como falei o projeto gráfico do livro é incrível de maneira simples, mas bem conceitual é bem agradável visualmente.
O livro abraça sua alma, da mesma forma que te dá um soco no estômago e esfrega aquilo que não queremos ver “bem na sua cara.”
Sem me estender, recomendo o livro, porque ele é uma experiência literária única e bem íntima, um livro que não pode e não deve ficar parado na estante, tem que ser compartilhado, ele tem que ser um livro viajante por este mar de emoções incríveis que são os seres humanos.

sexta-feira, 5 de janeiro de 2018

Retrospectiva: Leituras 2017 por Dany

Aqui vou relembrar minhas boas leituras de 2017, em categorias que eu criei.

*Um livro grande em todos os sentidos da palavra!!!

E o Vento Levou… Margaret Michell
Eu comecei a lê-lo no final de 2016 e só o terminei em janeiro de 2017, um livro que exige concentração, dedicação e uma verdadeira relação de amor e ódio com a protagonista complexa, linda, girl power e sacana chamada “Scarlet O’Hara”, que para mim virou Diva e Demônio ao mesmo tempo rsrsrrs O livro tem quase 1000 páginas em letras bem pequenas e capítulos enormes. Uma leitura que deu trabalho, mas que valeu muito ter lido!!!
P. S.: Até quero reler, porém não agora daqui há alguns anos.

*Um Livro Sem Esperança!

Reparação, Ian McEwan
Sem esperança que eu falo é um livro bem realista e que o final não é feliz. Ao finalizar esta leitura fiquei meio deprê e sem esperança na humanidade. Claro que temos pessoas boas no livros, mas elas não tem um final legal. Vou parar por aqui para não dá spoiller. Mas aconselho a ler este livro porque ele meio que acorda você pra vida! Resenha no blog AQUI


*Um livro clássico em que a autora denuncia o machismo!

A Inquilina de Wildfell Hall, Anne Brontë
Verdadeiramente um livro que mostra que a mulher não é só um adorno, um objeto, uma mercadoria. Anne Brontë defende a mulher daquela época que sofria vários abusos não só de seu marido mas de toda uma sociedade e até de outras mulheres também. Um livro empoderador e muito bem escrito, numa época em que o machismo reinava e abusava, não tão diferente assim de hoje!!

*Um livro que aquece o coração!

O Sol é para Todos, Harper Lee
Escrito numa época e lugar de muito racismo e preconceito, a autora descreve tudo através do olhar de uma criança super inteligente e que foi criada sem preconceitos ou discriminação. Livro que deveria ser obrigatório em escolas e que pretendo reler várias vezes. Resenha no blog AQUI

*Um livro de Mocinho apaixonante

Escândalos na Primavera, Lisa Kleypas
Este é o quarto livro da série “As quatro estações do amor”, o protagonista deste livro é simplesmente amorzinho, ele já nutre um amor platônico pela mocinha há muito tempo e agora ela começa a olhar pra ele com outros olhos. Resenha no Blog AQUI

*Um Livro, Duas Épocas

A Rosa da Meia-Noite, Lucinda Riley
Livro que comecei a ler sem expectativas e que me surpreendeu em vários aspectos. Sua escrita envolvente e encantadora me fez virar fã da autora. Neste livro ela escreve o passado e o presente de maneira clara e sem confusão, o leitor sabe exatamente os capítulos de cada casal de protagonista e fica ansiosa por estas “viagens no tempo”. Resenha no blog AQUI

*Finalizando Série, majestosamente…

Par Perfeito, Nora Roberts
Uma de minhas escritoras favoritas, Nora finaliza está série muito bem, trazendo um casal que acompanhamos desde o primeiro livro e que me gerou altas expectativas que foram atendidas. Resenha no blog AQUI

*Guerreiros “Fellings”

O Mais Desejado dos Highlanders, Maya Banks
O ano de 2017, foi o ano que me apaixonei por estes guerreiros medievais escoceses, que li uns 3 a 5 livros desta temática. E este livro em especial me cativou muito com uma protagonista realmente lutadora que passou por muito sofrimento, mas vence e um guerreiro que não tem nada de machista.

*Um Livro Tocante!

O Silêncio das Águas, Brittainy C. Cherry
O falar deste livro emocionante que me fez chorar e derreter meu coração em muitos capítulos. Um livro tão bom que não consegui escrever resenha, pois não sabia por onde começar devido sua grandiosidade e complexidade. Um livro que tocou minha alma, pois a autora fala sobre muitos temas complicados e que pode ser a realidade de muita gente.

*Romance de Época Inovador

Quando a Bela Domou a Fera, Eloisa James
Como leio muitos romances de época, geralmente encontramos mais do mesmo. Porém este romance surpreendeu porque ela usa a estória da Bela e a Fera de uma maneira bem diferente, principalmente pela época que se passa e a personagem da Fera. Realmente me surpreendeu.

*Romance de Época Queridinho!!!

Nove Regras a se ignorar antes de se apaixonar, Sarah Mclean
Eu já tinha lido uma outra série desta mesma autora e amado, e com este primeiro livro eu amei, um romance bem despretensioso com uma protagonista bem a frente de seu tempo, e muito apaixonada em tudo que faz. Também foi muito bom ver a mudança no seu par romântico e como o amor o modifica.

*Um Clássico de um país diferente

Anne de Green Gables, L. M. Montgomery
Eu leio muitos clássicos EUA/Inglaterra, então dei uma mudada lendo um clássico Canadense. A escrita maravilhosa da autora me cativou nos primeiros capítulos, num romance infanto juvenil que traz muitas lições de vida. Resenha no blog AQUI

*Um romance de autora favorita

A Força que nos atrai, Brittainy C. Cherry
Esse é o terceiro livro que leio da autora, que me surpreendeu muito com seus temas dramáticos e muito bem desenvolvidos e resolvidos durante a leitura. Além do romance a autora levanta muito a questão familiar neste livro que faz o leitor refletir bastante.

E você teve boas leituras em 2017? Comenta aqui vou adorar saber!!!! E que venham leituras ainda melhores em 2018!!!!!